23/10/19

Preocupações dos nossos militantes - Estágios profissionais



Antes de mais, devemos saber a diferença entre um estágio curricular e um estágio profissional. Ora vejamos, um estágio curricular faz parte integrante de muitos currículos académicos, estes não são superiores a três meses, não são obrigatoriamente renumerados, são um primeiro contato com o mercado de trabalho. Quando falamos em estágios profissionais estes são realizados após a conclusão do curso académico, com duração igual ou superior a três meses e normalmente renumerados. Quando contratados os estagiários recebem consoante o nível académico e o valor da indexante dos apoios sociais no momento estipula-se em €435.76 (valor mínimo).

Conheço um caso de uma rapariga que foi chamada ao IEFP para fazer um estágio profissional de nível 3 (secundário currículo normal) na Tôr, tendo esta o nível 4 (secundário com dubla certificação e estágio curricular), as condições oferecidas eram de 514€ mensais, almoço no local de trabalho e sem transporte. Sinceramente, 514€? Quem é que consegue viver de forma digna a receber o valor estabelecido pelo IAS, acrescido do subsídio de refeição? Se com o ordenado mínimo já é difícil, um valor inferior é ridículo.


Existem empresas “viciadas” que usam e abusam de estágios profissionais / curriculares proporcionados e 65% pagos pelo IEFP, muitas vezes um valor miserável, mão-de-obra barata para quem contribui para o trabalho precário do nosso país. O objetivo destes estágios é dar oportunidade aos jovens no mercado de trabalho o que não acontece porque apenas cerca de 16% dos jovens em estágios posteriormente integram nos quadros de pessoal da empresa.

Foi criada uma medida para que não existam muitas empresas “viciadas” nestes projetos, medida essa aprovada e já em vigor. Concordo plenamente que sejam criadas condições tanto para o empregador como para o trabalhador. Igualdade de direitos, pagar o justo pelo trabalho prestado em troca de uma boa prestação de serviços.

Considero ser positivo que o Estado apoie as empresas, mas deveria ser ao contrário, a empresa pagaria 65% e o IEFP os restantes 35%, assim os estagiários não seriam usados como objetos, não serviam apenas para 9 meses, 12 meses etc… mais condições durante os estágios, seriam tratados igual aos funcionários que já integram a empresa. Os estagiários não podem servir apenas para fazer o que ninguém gosta, mas sim para aprender, desenvolver experiência profissional, ficar minimamente preparado para o mercado de trabalho.

Temos de criar melhores condições, criar melhores oportunidades, não deixar que façam de nós futuros estagiários / trabalhadores precários inoperantes. Todos temos direito de oportunidade, e todos temos de lutar por essa oportunidade e lutar para melhorar o nosso presente, mas sobretudo o futuro!



Autora: Adriana Verónica, Militante JS desde XXXX

Preocupações dos nossos militantes - A dificuldade da inserção profissional dos jovens



Nas últimas décadas, o sucessivo aumento do desemprego deixou de abranger apenas determinados grupos socais específicos para incluir um conjunto mais diversificado de pessoas, nas quais se incluí a população juvenil, causado pelas transformações no mercado de trabalho (cada vez mais competitivo) e pelas novas formas de organizações de empresas.

As gerações mais novas são as principais vítimas do desemprego, dada a sua posição de maior fragilidade no mercado de trabalho. As taxas de desemprego dos jovens entre 15 e 24 anos, tendem a piorar com o agravamento da crise económica e financeira, limitando, assim, as condições de vida e as oportunidades socioprofissionais. Neste contexto, a instabilidade financeira surge como um dos motivos para o prolongamento da "juventude", adiando a sua independência.

A inserção profissional dos mais jovens tem vindo a sofrer alterações que fazem com que as suas trajetórias sejam caracterizadas pela incerteza, descontinuidade e menor correspondência entre o diploma e o emprego, limitando assim os projetos de vida, nomeadamente a saída de casa dos pais, o casamento e a constituição de família. Atualmente, um adolescente que termine um curso superior, seja de que área for, vai enfrentar inúmeras dificuldades em encontrar um emprego na sua área de formação, pois a empresa vai pedir-lhe de imediato a experiência que ele ainda não possui, porque passou todos estes anos a estudar e a adquirir teoria. Desta forma, a entrada no mercado de trabalho, para inúmeras pessoas com menos de 25 anos, é marcada por uma fase onde predomina o desemprego, a precariedade e a insegurança, à qual está associada a dependência por um período incerto.

Assim sendo, de forma a responder à problemática da "inserção profissional", cabe ao Estado implementar medidas de atuação através de políticas públicas, como por exemplo, os Estágios Profissionais, uma medida implementada pelo Governo, que visa minimizar os obstáculos com que a população estudantil se depara ao iniciar o seu percurso no mercado de trabalho.


Autora: Daniela Martins, Militante da JS desde XXXX


Porque te juntaste a nós? - Miguel Cerqueira


“O meu objetivo quando entrei na JS era ganhar mais interesse pela politica e aprender sobre a mesma, poder ter um papel mais interventivo!”

Por: Miguel Cerqueira, Militante da JS desde XXXX 

Ciclo de Conferências “A Perspetiva dos Jovens” - Economia Circular



A JS Loulé deu início ao Ciclo de Conferências “A Perspetiva dos Jovens” com o objetivo de criar um espaço de discussão de assuntos que estão no topo das preocupações que temos com o futuro.

Na primeira conferência convidámos o camarada Gonçalo Rodrigues para orador, que nos veio explicar o conceito de Economia Circular e o trabalho que tem desenvolvido nesta matéria, no estágio que está a fazer na CCDR Lisboa e Vale do Tejo.

“O modelo económico linear vigente, cujos processos de produção e consumo seguem uma lógica de “extrair, transformar, descartar” e se caracterizam pelos enormes volumes de desperdício e gestão ineficiente e insustentável dos recursos, já se mostrou incapaz de gerir e solucionar de forma adequada e meritória os problemas e desafios, para os quais ativamente contribuiu, e que vão desde as alterações climáticas e degradação do meio ambiente, das crises económicas e volatilidade dos preços e suscetibilidade das economias, até às perdas económicas e desperdício estrutural resultante duma gestão deficiente de recursos finitos e em rápido declínio.

Estes são temas urgentes e de resolução premente. Porque nos afetam diretamente, degradam a nossa sociedade e a nossa qualidade de vida, comodidades conquistadas com o esforço dos que lutaram pelos seus direitos antes de nós; e colocam em cheque o futuro, que somos nós, ao contribuir para comprometer o acesso aos direitos básicos dos jovens previstos na Constituição e pela União Europeia - educação, habitação e emprego.

Uma economia que aposte num modelo circular favorecendo o reuso, a remanufactura, a reciclagem, a durabilidade dos produtos e conservação do valor económico dos produtos no maior período possível, o uso de recursos materiais e energéticos renováveis, e na eficiência dos processos produtivos e do consumo cria mais emprego, mais coesão e resiliência territorial, melhor ambiente natural e urbano que se reflete em melhor saúde pública, e mais oportunidades de investimento com o capital natural disponível do que uma economia linear.

Na transição internacional para a economia circular, as boas ideias não se perdem, são financiadas por fundos comunitários e estruturais e são encaminhadas e integradas na sociedade da circularização onde o correspondente direto contemporâneo do desperdício é o recurso. 


No seguimento desta conferência, em que aprendemos sobre a necessidade e urgência de repensar o modelo atual de gestão dos recursos, estamos a trabalhar numa proposta de aplicação da Economia Circular à escala local, para ser apresentada à C.M.L. e às Juntas de Freguesia do Concelho.



Autor: Gonçalo Rodrigues, Militante da JS desde XXXX

Preocupações dos nossos militantes - Sedentarismo e Obesidade



Na sociedade em que vivemos estamos cada vez mais dependentes da tecnologia. A tecnologia é algo que tem vindo a trazer benefícios para a vida das pessoas mas também problemas. Dentro desses problemas um dos que eu acho que tem tido um grande impacto é por exemplo
a obesidade.

A obesidade tem vindo a preocupar os especialistas e entendidos no assunto. Um aspeto de extrema importância que está relacionado diretamente com a nossa sociedade é o sedentarismo praticado sobretudo pelos jovens, que por consequência faz as taxas de obesidade aumentarem cada vez mais na parcela da população mais jovem.

Em Portugal é verificado que de 2015 até 2017 a taxa de obesidade é preocupantemente alta mas que no entanto houve uma pequena diminuição. Este número tende a manter-se porque desde crianças que se começa a mexer em dispositivos tecnológicos e começamos a ficar “viciados” neles.

Este problema é alvo de um extremo combate por parte de diversas associações que tem estudado o tema e determinado um leque de soluções que são apresentadas à sociedade.

As soluções de combate ao sedentarismo, que é o maior fator de obesidade atual são, entre outras, o exercício físico e a alimentação.

A meu ver é muito fácil hoje em dia um jovem em fase da adolescência ficar sedentário porque temos disponível uma cadeia de fast food tão eficaz que em minutos podemos pedir algo que não é saudável para comer e não necessitamos sequer de sair do computador ou qualquer outro dispositivo tecnológico.

Em relação ao exercício físico este também é preocupante porque os jovens ao estarem horas em frente a computadores não tendem muito a querer sair de casa e a não praticar exercício, isto porque muitas das vezes o seu leque de amigos também passa o dia em casa a jogar e como é fácil comunicarem virtualmente não sentem necessidade de sair. Algo referente a isto e que devíamos praticar diariamente pois faz muito bem à nossa saúde é a realização de uma simples caminhada.

Em suma, verifico que é um tema pertinente que pode vir a aumentar o que é alarmante, no entanto o combate que está a existir e a divulgação por parte dos meios de comunicação tem vindo a cativar a atenção a muitos jovens e por consequência a isso eles começam cada vez mais a praticar desporto por exemplos e estes números começam a ter uma tendência decrescente, como verificamos em Portugal de 2015 até 2017.



Autor: Luís Santos, Militante da JS desde XXXX

Porque te juntaste a nós? - Tiago Santos


“O meu objetivo quando entrei na Juventude Socialista era, e é, cativar os jovens a serem cidadãos politicamente ativos. O meu envolvimento tem essa missão.”

Por: Tiago Santos, Militante da JS desde XXXX 

Preocupações dos nossos militantes - Bullying


Vivemos numa sociedade em que a pratica de bullying acontece constantemente, desde crianças em idade pré-escolar até ao adulto formado. O bullying é um tipo de violência que gera transtornos na vida social/pessoal das vítimas, deixando-as depressivas, com medo de sair de casa para conviver - em muitos casos pode levar ao suicídio.

Cabe-nos a nós enquanto cidadãos, pais, amigos, colegas fazer a diferença e ensinar/lutar para que esta pratica acabe.

Estudos realizados afirmam que Portugal é o 15.º país com mais relatos de bullying na Europa e na América do Norte, ficando à frente dos Estados Unidos. Atualmente, mais de 30% dos jovens já terá sofrido bullying e mais de 30% já o fez contra colegas. Esta é uma realidade das nossas escolas, que é onde se verificam mais casos. Nós, encarregados de educação, quando deixamos os nossos filhos na escola esperamos que ali seja um lugar seguro, que  as  pessoas que trabalham nas escolas os “defendam”, o que por vezes não acontece. Estas mesmas crianças por vezes tentam fazer queixa às auxiliares e professores, mas nem sempre são ouvidas como já ouvi muitas vezes “são coisas de crianças”, “é uma criança cheia de mimos”. Penso que devemos ouvir sempre o que têm a dizer, nós enquanto pais e claro os profissionais que trabalham nas escolas, pois se ali estão é porque, supostamente, deverão ter competências para trabalhar com jovens.

O pior ainda é que quem pratica bullying por vezes não percebe o mal que está a fazer à vitima, acham este comportamento normal, talvez seja algo que assistam no seu dia a dia em casa, no bairro/rua onde vivam, na televisão ou apenas o vêem nas redes sociais e acham que seria engraçado fazer igual, e normalmente é o mais fraco que sofre estes maus tratos físicos ou psicológicos, acabando por ter uma infância difícil, rodeada de medo e receio, afastado das pessoas em geral. O importante é denunciar este tipo de situação, seja o agredido ou quem assiste, porque quem assiste acaba por ser cúmplice. É preciso explicar desde pequenos que é errado, simplesmente não se deve seguir este tipo de exemplos que lhes possam ser familiares.

Devemos combater este tipo de situações nas escolas, ATL, etc. Têm sido criados vários portais, iniciativas divulgando informações, espaços de denúncia, suporte e apoio a pais e professores, bem como a alunos e também a realização de ações em escolas. Existem várias Associações para acabar com o bullying em Portugal, numa breve pesquisa deparei-me com uma Associação sem fins lucrativos chamada No Bully – Portugal, com o intuito de preparar as escolas, para que estas combatam o bullying de forma correta.


“Progredir e inovar estão, constantemente, no pensamento do cidadão moderno. Mais importante do que isso, porém, seria o homem reavaliar todos os seus valores, a fim de devolver à amizade o lugar que ela deve ocupar no âmbito das relações humanas.”
Autor desconhecido.



Autora: Adriana Verónica, Militante JS desde XXXX