Nas últimas décadas, o sucessivo aumento do desemprego deixou de abranger apenas determinados grupos socais específicos para incluir um conjunto mais diversificado de pessoas, nas quais se incluí a população juvenil, causado pelas transformações no mercado de trabalho (cada vez mais competitivo) e pelas novas formas de organizações de empresas.
As gerações mais novas são as principais vítimas do desemprego, dada a sua posição de maior fragilidade no mercado de trabalho. As taxas de desemprego dos jovens entre 15 e 24 anos, tendem a piorar com o agravamento da crise económica e financeira, limitando, assim, as condições de vida e as oportunidades socioprofissionais. Neste contexto, a instabilidade financeira surge como um dos motivos para o prolongamento da "juventude", adiando a sua independência.
A inserção profissional dos mais jovens tem vindo a sofrer alterações que fazem com que as suas trajetórias sejam caracterizadas pela incerteza, descontinuidade e menor correspondência entre o diploma e o emprego, limitando assim os projetos de vida, nomeadamente a saída de casa dos pais, o casamento e a constituição de família. Atualmente, um adolescente que termine um curso superior, seja de que área for, vai enfrentar inúmeras dificuldades em encontrar um emprego na sua área de formação, pois a empresa vai pedir-lhe de imediato a experiência que ele ainda não possui, porque passou todos estes anos a estudar e a adquirir teoria. Desta forma, a entrada no mercado de trabalho, para inúmeras pessoas com menos de 25 anos, é marcada por uma fase onde predomina o desemprego, a precariedade e a insegurança, à qual está associada a dependência por um período incerto.
Assim sendo, de forma a responder à problemática da "inserção profissional", cabe ao Estado implementar medidas de atuação através de políticas públicas, como por exemplo, os Estágios Profissionais, uma medida implementada pelo Governo, que visa minimizar os obstáculos com que a população estudantil se depara ao iniciar o seu percurso no mercado de trabalho.
Autora: Daniela Martins, Militante da JS desde XXXX
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